Quando conquistou a medalha de prata na prova de solo, uma das finais por aparelhos da ginástica artística, Diego Hypolito citou uma pessoa fundamental na sua vida. Após sair de uma depressão e carregar o peso de duas quedas em Jogos Olímpicos, o ginasta precisou se reinventar e conseguiu isso com a ajuda da psicóloga Sâmia Hallage.
O trabalho da dupla começou em maio de 2014 e aconteceu a pedido do próprio atleta junto com Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ou seja, Hypolito teve ajuda por quase dois anos e meio antes de disputar a sua terceira o Olimpíada, justamente no Rio de Janeiro
Fiz um trabalho clínico e voltado para a performance, para tentar ajudá-lo. Não vejo que fiz algo, ele aceitou o trabalho de reflexão, para tentar entender o que está acontecendo na vida dele - diz a profissional.- Acredito que ele se reinventou, se reconstruiu como ser humano e atleta. O mérito é todo dele. Apesar de ter uma relação profissional, eu tenho um carinho grande por ele.
As sessões são semanais, mas quando Hypolito viaja, elas acontecem pela internet. Sâmia esteve todos os dias na Vila Olímpica para conversar com o ginasta, inclusive na manhã deste domingo, horas antes de ele subir no tablado para buscar a redenção. No encontro, ela relembrou as metas estabelecidas lá em 2014, quando o trabalho começou a ser feito.
Nas primeiras sessões, nós estipulamos metas para a vida dele: ir para a Olimpíada e fazer tudo bem feito. Fazer da melhor maneira, era acertar a execução do que foi treinado (diferente e Pequim-2008 e Londres-2012). A medalha veio como consequência. Mesmo quando veio a dúvida se ele iria para a seleção ou não, a meta foi trabalhada. Que bom que ele foi escolhido e que conseguiu junto com o Nory essas duas medalhas - afirma.
extra.globo.com/esporte/rio-2016/psicologa-de-diego-hypolito-trabalhou-metas-com-ginasta-ele-se-reinventou-como-ser-humano-atleta-19922053.html
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