
NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO
O modelo cognitivo do sistema atencional humano proposto e revisado por Posner (2012) envolve três componentes dissociados: alerta, orientação e atenção-executiva (ou vigília, processos atencionais automáticos e processos atencionais controlados, dependendo da tradução).
O primeiro processo – vigília - diz respeito a ativação e a responsividade do sistema nervoso central a estímulos internos e externos, envolvendo a ativação de regiões subcorticais como o tronco encefálico, o tálamo e o diencéfalo.
O segundo processo - Os processos atencionais automáticos representam um sistema relacionado ao direcionamento do foco atencional diante de estímulos ambientais. Envolvem a modulação dos recursos sensoriais e de processamento com relação ao estímulo-alvo, além do uso de esquemas fortemente consolidados pelo organismo, como a leitura e a contagem. Esse segundo aspecto da atenção é muito associado a regiões posteriores do córtex cerebral, sobretudo os lobos occipitais e parietais. Além disso, esse sistema apresenta também conexões com regiões dos lobos frontais relacionadas aos movimentos oculares e manuais e a linguagem expressiva.
Processos atencionais automáticos encontram grande sobreposição com o conceito de velocidade de processamento, domínio cognitivo, comumente encontrado em estudos de natureza psicométrica, que se relaciona a velocidade de execução de diferentes tarefas, das mais simples as mais complexas. Seus principais correlatos neurobiológicos seriam as fibras de substância branca, que conectam diferentes regiões do encéfalo, e regiões corticais posteriores.
O terceiro processo - Os processos atencionais controlados, que envolvem recursos de natureza executiva, permitindo ao sujeito a mudança voluntaria de foco, a manutenção do tônus atencional (duração do foco atencional) e a resolução de conflitos atencionais em situacões que demandam inibição, flexibilidade e alternância.
Esses últimos processos são fortemente associados a regiões anteriores do sistema nervoso central, incluindo as porções anteriores do giro do cingulo.
Os processos atencionais controlados, por sua vez, apresentam grande sobreposição com o conceito de funções executivas. No modelo proposto por Diamond (2013), os processos atencionais controlados integrariam os componentes de controle de interferência, parte do sistema de controle inibitório, um dos aspectos fundamentais do funcionamento executivo (Fan, McCandliss, Fossella, Flombaum, & Posner, 2005; Posner, 2012).
Embora esses três sistemas apresentem natureza modular, são fortemente interconectados.
Assim como as funções executivas, o desenvolvimento dos diferentes sistemas atencionais apresenta uma curva em forma de “U” invertido, mostrando-se ainda em desenvolvimento durante a infância e adolescência e apresentando relativa estabilidade na vida adulta e declínio na velhice.
Os recursos atencionais são de extrema importancia a todos os aspectos do funcionamento cognitivo, sendo preditores importantes da aprendizagem e solução de problemas em diferentes fases do desenvolvimento. O declínio cognitivo característico do envelhecimento cognitivo normal pode, inclusive, estar relacionado ao comprometimento dos sistemas atencionais.
A atenção apresenta aspectos tônicos (manutenção do estado de alerta), motivacionais (direcionamento facilitado para estímulos emocionalmente relevantes), sensoriais (atenção dirigida a estímulos ambientais salientes) e executivos (estabelecimento e gerenciamento deliberado do foco).
Esses últimos aspectos, de acordo com Baron (2004), envolvem a atenção focalizada (estabelecimento de alvos atencionais e separação entre figura e fundo), sustentada (sustentação do foco ao longo do tempo), alternada (modificação adaptativa e voluntária do foco) e dividida (estabelecimento de focos simultâneos).
A atenção tem papel primordial em nosso cotidiano; nossas atividades mentais ocorrem no contexto de ambientes repletos de estímulos, relevantes ou não, que se sucedem de modo ininterrupto. Os estímulos que nos cercam (sejam olfatórios, visuais, auditivos etc.) devem ser selecionados de acordo com os objetivos pretendidos, conscientes ou não. Além disso, diversas funções cognitivas dependem fortemente da atenção, em especial a memória.
Um déficit atencional pode, portanto, expressar-se em uma ampla gama de sintomas e em grande espectro de áreas da vida diária.
Uma das características da atenção é a dependência do interesse e da necessidade em relação à tarefa em questão.
Naturalmente, tarefas que ativam centros encefálicos relacionados ao prazer mais facilmente mantêm o foco do indivíduo, daí a queixa de que a atenção da criança pode ser boa “para jogar videogame”, mas não para estudar. Esse tipo de queixa, por outro lado, não exclui a presença de déficit atencional real.
Existem transtornos que estão associados com a desatenção primária, sendo o mais frequente deles o TDAH, com prevalência de aproximadamente 5% em crianças e 4% em adultos (Polanczyk et al., 2007; Kessler et al., 2005).
AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO
A avaliação da atenção exige algumas cautelas (Mattos, 2000).
A primeira delas é a necessidade de se investigar diferentes fatores (muito frequentes no cotidiano) que podem influenciar o exame dessa complexa função, como, por exemplo, cansaço, sonolência, uso de substâncias psicoativas e álcool, dentre outros.
A segunda, há a necessidade de considerar que os níveis atencionais variam ao longo dos dias e, frequentemente, ao longo de um mesmo dia: o desempenho deficitário em um momento isolado não necessariamente implica comprometimento significativo dessa função.
A terceira, o que se entende por atenção compreende aspectos cognitivos diferentes que podem exigir tarefas específicas para sua avaliação. A atenção sustentada, por exemplo, exige testes necessariamente mais longos (mais raramente encontrados na prática clínica); alguns transtornos primários de atenção, como o transtorno do déficit de atenção hiperatividade (TDAH), se caracterizam por variabilidade da resposta ao longo do tempo, exigindo não apenas testes mais longos como também divididos em blocos para análise comparativa.
A quarta, cumpre ressaltar que vários autores consideram a atenção (ou, pelo menos, alguns de seus aspectos) como uma função executiva, devendo, portanto, ser interpretada no contexto dos demais déficits que ocorrem nas síndromes disexecutivas.
A atenção tem sido concebida como um fenômeno complexo que compartilha limites com habilidades perceptivas (visuais, táteis etc.), memória, afeto e níveis de consciência (Lezak, 2004). Quando realizamos uma avaliação da atenção é obrigatório preceder a das demais funções. Deve-se sempre considerar o estado de consciência (sob efeito de fármacos ou de drogas), a motivação, o cansaço, o estado de humor (depressão) e a ansiedade em completar as tarefas. A presença de dor ou de déficits senso-perceptivos deve ser considerada.
Existem diversas definições de atenção, e os diferentes termos utilizados por diferentes autores são frequentemente empregados de forma indistinta.
Visando padronização, abordaremos cinco aspectos, descritos a seguir:
- Alertness ou arousal, que pode ser traduzido como nível de alerta ou ativação. Ela foi descrita em termos de dois mecanismos relativamente distintos. A ativação tônica refere-se a um mecanismo sob controle interno, amplamente fisiológico. Ele regula a responsividade global à estimulação ambiental, incluindo o ciclo sono-vigília, o nível de vigilância e o potencial para “focalizar”. Corresponde à intensidade em que o indivíduo está acordado, alerta, pronto para emitir uma resposta.
A ativação fásica refere-se a modificações momentâneas na responsividade, frequentemente sob controle do meio. Ela “dirige” a atenção para qualquer ponto dos campos interno ou externo. Os demais parâmetros dependem da integridade desses dois mecanismos.
- Seletividade. Um dos parâmetros tradicionalmente associados à atenção é a seleção de parte dos estímulos disponíveis para processamento enquanto se mantém os demais “suspensos”.
A importância da seletividade é a necessidade de não se processar tudo aquilo que nos é apresentado nos campos visual ou auditivo, havendo, portanto, necessidade de direcionar o foco para os estímulos relevantes.
Além dos inúmeros distratores externos, acrescenta-se a gigantesca quantidade de traços de memória que possuímos e todos os pensamentos ininterruptamente gerados (distratores internos). Dessa forma, a atenção seletiva refere-se à capacidade de focalizar um estímulo específico em detrimento de distratores.
Por meio da atenção seletiva, sua atenção consciente focaliza, como um feixe de luz, apenas um aspecto muito limitado de tudo aquilo que você vivência. Estima-se que os cinco sentidos assimilem 11 milhões de bits de informação por segundo, dos quais você processa conscientemente cerca de 40 (Wilson, 2002). Ainda assim, a via inconsciente da mente faz por intuição grande uso dos outros 10.999.960 bits.
Até ler esta frase, por exemplo, você não havia percebido que seus sapatos estão fazendo pressão sobre seus pés ou que seu nariz está em sua linha de visão. Agora, de súbito, o foco de sua atenção muda de direção. Você sente os pés apertados, o nariz insiste em invadir a página a sua frente. Ao prestar atenção a essas palavras, você também bloqueou da consciência informações vindas de sua visão periférica. Porém, você pode mudar isso.
Enquanto olha para o X abaixo, repare no que rodeia o livro (as bordas da página, a superfície da mesa e daí por diante).
X
Outro exemplo de atenção seletiva, o efeito coquetel (cocktail party effect), e a habilidade de prestar atenção a apenas uma voz em meio a várias. (Deixe uma dessas vozes dizer seu nome, e seu radar cognitivo, operando na outra via de sua mente, trará instantaneamente essa voz a sua consciência.) Essa audição focada tem um preço. Imagine ouvir duas conversas por um par de fones de ouvido, um em cada orelha, e ser solicitado a repetir a mensagem da esquerda enquanto ela e pronunciada.
Ao prestar atenção ao que é dito ao ouvido esquerdo, você não percebera o que e dito ao direito. Ao ser perguntado depois que língua o ouvido direito escutou, você pode ter um branco (embora possa informar o sexo da pessoa e o volume da voz
Atenção seletiva - a focalização da percepção consciente em um estímulo particular.
Cegueira de desatenção - não perceber objetos visíveis quando nossa atenção esta direcionada para outro lugar.
Cegueira para mudança - não perceber mudanças no ambiente.
- Alternância. Corresponde à capacidade de alternar entre um estímulo ou conjunto de estímulos e outro, ou entre um tipo de tarefa e outra, sucessivamente.
- Divisão. Corresponde à capacidade de focar em dois estímulos distintos simultaneamente. A atenção dividida é contestada por alguns autores que sugerem que esta seja apenas uma rápida modificação do foco atencional (atenção alternada), ao passo que outros sugerem que de fato existe a possibilidade de que o foco atencional possa realmente ser dividido entre dois estímulos, conforme demonstrado em recente estudo conduzido em nosso meio (Silva e Ribeiro-do-Valle, 2008).
- Sustentação. Corresponde à capacidade de manter o foco atencional em uma determinada atividade por um tempo mais prolongado com o mesmo padrão de consistência; este aspecto engloba tanto a quantidade de tempo na qual o indivíduo conseguirá manter o foco, como também a consistência de resposta durante este intervalo. Alguns autores consideram-na sinônimo de atenção concentrada.
A capacidade de seletividade e a alternância estão intimamente associadas à ativação fásica (são modificações momentâneas na responsividade, frequentemente sob controle do meio. Ela direciona a atenção para qualquer ponto dos campos interno ou externo); a sustentação está intimamente relacionada à ativação tônica (a um mecanismo que está sob controle interno, amplamente fisiológico. Ele regula a responsividade global à estimulação ambiental, incluindo o ciclo sono-vigília, o nível de vigilância e o potencial para “focalizar”. Corresponde à intensidade em que o indivíduo está acordado, alerta, pronto para emitir uma resposta), embora dependa da integridade da primeira.
Na grande maioria de tarefas que exigem atenção, mais de um aspecto está presente, além, naturalmente, de haver participação de outras funções cognitivas, como percepção visual ou linguagem, por exemplo.
NEUROFISIOLOGIA DA ATENÇÃO
Existem três grandes circuitos envolvidos na neurofisiologia da atenção.
1. O primeiro deles é a Rede de Atenção Visual, assimétrica (com dominância à direita), que envolve o lobo parietal direito, os colículos superiores e o núcleo pulvinar do tálamo. Estudos de neuroimagem funcional demonstram que o lobo parietal direito é ativado independentemente do local do estímulo no campo visual; lesões têm efeito deletério no desligamento (disengage) do foco atencional de um local para outro. O núcleo pulvinar do tálamo parece funcionar como um relé (amplificador) das aferências ao córtex.
2. O segundo circuito envolvido é a Rede Executiva, envolvendo o giro do cíngulo. Uma vez que a atenção mudou para um novo foco e o conteúdo visual foi “transmitido”, a rede executiva entra em funcionamento, trazendo o estímulo para a “consciência” (reconhecimento consciente). Ocorre o reconhecimento da “identidade” de um objeto e que ele atende a um objetivo pré-determinado.
3. O terceiro circuito é a Rede de Vigilância, responsável pela manutenção do estado de alerta. Também é uma rede assimétrica, envolvendo os lobos frontal e parietal direitos. A ativação dessa rede ocorre quando se aguarda sinais infrequentes, sendo que a rede executiva permanece hipofuncionante quando essa rede está ativada.
Utilizando RM funcional, um estudo brasileiro investigou áreas cerebrais recrutadas durante administração de teste verbal de alternância de conceitos e controle inibitório (versão verbal do Teste das Trilhas, tarefa que alterna associação entre números e letras), demonstrando que haveria maior ativação do hemisfério direito, mais especificamente da região dorsolateral do córtex pré-frontal e da área motora suplementar (Moll et al., 2002). Estudos com outros testes que avaliavam primordialmente o controle inibitório (paradigma Stroop) demonstraram ativação mais pronunciada de áreas como córtex pré-frontal e dorsolateral, além de córtex parietal posterior (Garavan et al., 1999).
Ainda em conformidade com os autores, à medida que estudamos sistemas nervosos mais complexos, as conexões entre sensação e ação tornam-se mais distantes, e seria um engano pensar que poderíamos estudar a percepção, a atenção e a memória de maneira isolada. Não perceberíamos a floresta ao olharmos apenas para as árvores.
Assim, não podemos compreender a ação motora final sem todas as suas implicações cognitivas, sem levarmos em consideração os complicados padrões de conectividade das estruturas motoras no sistema nervoso central (SNC). Dessa forma, a ação efetiva é o objetivo final de todos os processamentos internos, e nesse contexto, a aprendizagem motora e o controle motor assumem um papel crucial na produção de movimentos intencionais (Loschiavo-Alvares, F.Q; Lage, G.M; Christe, B. 2010)
ATENÇÃO NA PSICOLOGIA DO ESPORTE
A todo momento somos inundados por muitos estímulos sensoriais e, apesar disso, direcionamos nossa atenção a apenas um estímulo ou a um número muito reduzido de estímulos, passando a ignorar ou suprimir os demais estímulos apresentados no ambiente. A capacidade do cérebro de processar a informação sensorial é mais limitada do que a capacidade de seus receptores para mensurar o ambiente.
A atenção, portanto, funciona como um filtro, selecionando alguns objetos para processamento adicional. [...] Em nossa experiência momentânea nos concentramos em informações sensoriais específicas e excluímos (mais ou menos) as demais (William James, 1890).
Teoria do filtro atencional de Boradbent – 1958

Histórico e conceito
• Nível de alerta é fundamental para que se pense em condição atencional - Del Nero (1995).
• Valor adaptativo do estabelecimento do foco de atenção por meio da discriminação dos estímulos relevantes e irrelevantes – Kandel (1997).
• Estabelecimento e manutenção do tônus cortical para recepção dos estímulos, e a focalização do alerta sobre os processos mentais - Lent (2002)
• Classificação da atenção voluntária e involuntária – Dalgalarrondo (2000).
• Panorama atual, fundamentado em dois modelos:
No processo fisiológico da detecção de estímulos (bottom-up);
processos superiores de memória e representações mentais (top-down);
Definição (Lezak, 1995)
• Sistema no qual processos sequenciais em uma série de estágios, visam seleção e manutenção de inputs;
• Diferentes sistemas cerebrais estão envolvidos;
• Sistema com uma capacidade limitada.
Definição atual
• Processo cognitivo interno que seleciona, processa e direciona as informações percebidas pelo corpo – ambiente interno e externo.
Orientação e seletividade: retrair coisas para lidar com outras mais efetivamente.
• Mecanismo que regula e seleciona os estímulos que iremos lidar.
Esquema representando as divisões e mecanismos atencionais

Estruturas cerebrais que envolver a rede atencional
• Sistema Reticular;
• Tálamo;
• Corpo estriado;
• Córtex parietal posterior não-dominante;
• Córtex pré-frontal;
• Giro do cíngulo anterior;
• Sistema límbico.
Modelos atencionais
· Mesulam (1981; 1990;1999): enfatiza que cada uma das regiões cerebrais envolvidas na rede tem um papel singular específico que reflete o seu perfil de conectividade anatômica.
· Posner (1990; 1994; 1995; 2002;2012): dá relevância as funções cognitivas globais desempenhadas pelos diferentes componentes das redes atencionais.
Modelo Mesulam
Quatro componentes da rede atencional
Córtex Parietal Posterior: tem a função de criar um “mapa sensorial interno” e modificação da extensão do espaço sináptico responsável por especificar “porções do mundo exterior”.
Córtex Cingulado (componente límbico): regula a distribuição espacial da “valência motivacional”.
Córtex Frontal: coordena os programas motores para a ação (exploração e rastreio do meio ambiente, abrir e fechar a mão, agarrar os objetos, etc.).
Sistema Reticular (noradrenérgico, dopaminérgico e colinérgico ascendentes): fornece ao sistema o nível de ativação e vigilância necessários.
Três representações do mundo extra pessoal
Representação sensorial (Córtex parietal posterior)
Programa para dirigir os movimentos exploratórios (Córtex Frontal)
Mapa Motivacional (Córtex Cingulado)
Conexões com estruturas subcorticais (colículo superior, núcleos talâmicos intralaminares, o pulvinar e o córtex estriado).
Conexões com outras áreas corticais (córtex temporal inferior e o córtex orbitofrontal.
Áreas críticas para a organização da atenção focal (parietal, cingulada e frontal).
Modelo Posner
Três redes de atenção diferenciadas
Rede atencional posterior (córtex parietal e occipital, e o colículo superior): orientação ou desvio da atenção para uma localização espacial determinada.
Rede atencional anterior (córtex cingulado anterior e as áreas motoras suplementares do córtex frontal): desempenho ativo de uma ampla variedade de situações que envolvem a detecção de eventos e a preparação de respostas apropriadas.
Rede de alerta (pequeno núcleo de células do mesencéfalo – sistema reticular– que segrega a norepinefrina, um neurotransmissor crucial para manter o estado de alerta.
Três Subsistemas:
Rede de Alerta: preparação para a entrada de estímulos no campo da consciência (sistema reticular).
Rede de Orientação: orientação para eventos sensoriais específicos (seleção de um ou de um reduzido número de itens entre os muitos candidatos a ocupar o foco da atenção).
Rede de Controle Executivo da Atenção: monitorização e resolução de conflitos que envolve planejamento, tomada de decisão, detecção de erros e superação de ações habituais ou rotineiras.
Todos os esportes exigem do atleta a capacidade de dirigir a sua atenção a estímulos relevantes dentro da prática esportiva, seja durante os treinos ou competições e muitas vezes esses atletas estão sofrendo diversos tipos de pressão de tempo.
Várias práticas esportivas exigem do atleta a capacidade de manter alto nível de concentração por um prolongado período (atenção sustentada).
Durante a iniciação da prática esportiva ou de novas técnicas e estratégias táticas, é exigido do atleta um maior nível de concentração durante o treino. Porém nesse processo iniciatório crianças e adolescentes apresentam dentro das suas fases de desenvolvimento dificuldades na manutenção da concentração e aprendizagem de tarefas mais complexas.
É responsabilidade de técnico ou treinador desenvolver a capacidade de direcionar sua atenção para os acontecimentos que ocorrem durante o jogo, principalmente sobre as condutas táticas e técnicas da sua equipe como da equipe adversária (atenção alternada / atenção dividida).
O treinador deve estar em condições de perceber rapidamente as exigências situacionais da atenção e aplicá-las em resposta as medidas psicológicas adequadas para regular a atenção dos seus atletas.
Não é suficiente dizer para o atleta que ele precisa se concentrar, se faz necessário ensiná-lo, ele precisa desenvolver essa habilidade, a utilizá-la quando, em que e com qual intensidade, assim como também deve aprender como mantê-la por um período prolongado.
CONCEITOS DE ATENÇÃO
Um bom rendimento da prática esportiva está normalmente ligado a capacidade de atenção e concentração que o atleta apresenta durante a prática ou ação esportiva.
“Atenção, normalmente é entendida como um estado seletivo, intensivo e dirigido da percepção”.
A atenção, também, é um processo seletivo, onde a percepção e a imaginação são dirigidas, focalizadas, fixadas e concentradas simultaneamente a um estímulo específico dos conteúdos do pensamento e da imaginação (Rutzel, 1977: 49).
A atenção é compreendida também como um estado consciente através do qual uma pessoa direciona processos psíquicos (emoções e sentimentos) sobre um determinado objeto, pessoa ou uma ação (Schubert, 1981).
Atenção é vista, também como um processo seletivo e regulado da consciência humana e diferencia em relação a ações esportivas (Malloy-Diniz et al, 2010):
Aspectos da atenção
- Tônus – grau de excitabilidade
- Receptividade – motivação voltada para o interesse (sobrevivência e afeto)
- Seletividade – Prioridade da informação, é relevante ou não.
- Concentração – manutenção da seletividade
- Simultaneidade – discriminação de estímulos concomitantes.
- Flexibilidade - Ajuste das diferentes demandas cognitivas
Esferas da atenção
- Alertness / nível de alerta / vigília – Regula a responsividade global, incluindo ciclo de sono-vigília, nível de vigilância e potencial para focalizar.
- Atenção seletiva – capacidade de dirigir a atenção conscientemente a um ponto específico no seu campo de percepção, enquanto outros se mantém suspensos.
- Atenção sustentada / concentrada – manter o foco atencional por um tempo prolongado, avaliando o ritmo do trabalho executado.
- Atenção dividida – capacidade de distribuir sua atenção/concentração sobre vários objetos. A intensidade da atenção dividida é menor do que a atenção concentrada, pois são percebidos/observados diversos estímulos/objetos simultaneamente. O Ser humano, cientificamente provado, não consegue dirigir sua atenção simultaneamente a vários objetos/estímulos com a mesma intensidade e clareza.
- Atenção Alternada – é a capacidade de uma orientação rápida, alternar o foco entre um estímulo e outro, adequando-se a situações complexas, por meio de uma boa adaptação da orientação da direção, da intensidade e do volume da atenção em função das exigencias do meio ambiente. É comandada por comandos voluntários. Essa capacidade de alternar a atenção é própria para atletas de esportes coletivos (Konzag, 1981).
A atenção não compreende somente o processo passivo de recebimento das informações, mas também é orientada para o processo dinâmico da chegada das informações.
Exemplos da utilização da atenção na prática esportiva
Uma alternação da atenção seletiva para dividida acontece com goleiros de handebol ou de futebol quando vários atacantes partem em contra-ataque onde um está com a bola e os demais acompanham em um sistema de contra-ataque sustentado. A atenção se dividi para todos os atacantes e se torna seletiva / concentrada quando a bola fixa somente em um deles.
Em muitos momentos de práticas esportivas os atletas precisam usar da capacidade de um alto nível de concentração durante um período muito longo, sem perder a intensidade da atenção.
Funções da atenção
A identificação primária, recepção e a assimilação da informação antecedem a atenção seletiva/focal, existindo processos pré-atencionais.
Ou seja, a identificação primária fornece um material bruto (percepção/sensação), o qual por meio da atenção focal/seletiva, é reunido em uma figura uniforme (figura fundo). Podemos dizer que na fração de um segundo em que observamos um objeto é suficiente para que essa informação seja armazenada em um curto prazo (memória de curto prazo).
Na memória de curto prazo ocorre a condição para que a percepção subjetiva seja vivenciada.
Na prática esportiva muitas atividades cognitivas diárias estão dentro desse nível de atenção/percepção subjetiva, como nos momentos que percebemos objetos, situações ou pessoas em um ambiente de maneira pré-consciente, sem observá-las de maneira atenta e precisa, estamos dentro do processo de percepção pré-atencional de identificação primária da informação, nessas situações ocorrem alterações nos níveis atencionais.
Formas e problemas da atenção
Modelo bidirecional da atenção (Nideffer, 1976)
Nesse modelo são apresentadas duas dimensões:
- Amplitude da atenção – se relaciona com a quantidade de informações que utilizamos conscientemente em determinadas situações – aparecem aqui dois polos - atenção ampla e a atenção estreita.
Uma atenção ampla requer atenção simultânea (atenção alternada e atenção dividida) nas diferentes informações recebidas, por outro lado uma informação estreita direciona a atenção seletiva e concentrada a um único aspecto da situação.
- Direção da atenção – aparecem dois polos a atenção interna (a pessoa) e a atenção externa (ambiente). Na atenção externa a atenção seletiva e concentrada é direcionada somente a estímulos externos, enquanto a atenção interna exige atenção seletiva e concentrada sobre as próprias percepções, sentimentos e os pensamentos.
As exigências de uma situação que se apresentam durante uma ação sobre a atenção podem ser determinadas como ponto dentro das coordenadas da amplitude da atenção (ampla e estreita) e da direção da atenção (externa e interna).
As diferentes formas de atenção no esporte segundo Nideffer (1976) modificado por Volp (1987:19)

A aplicação inadequada de cada forma de atenção (Volp, 1987:20) pode causar reações ineficientes:

Existem diferenças entre Weinberg e Gould, 1999:336):
Distrações internas que são pensamentos negativos, preocupações, pensamentos irrelevantes, atenção voltada para eventos passados e futuros, realização de jogo sob pressão psicológica, análise exagerada de mecanismos corporais e fadiga mental.
Distrações externas que podem influenciar o atleta durante a competição que são de origem acústica (gritos da torcida) e visual (prestar atenção em amigos e familiares durante o jogo).
Escala de atenção de TAIS (Test of attentional and interpersonal style) – Nideffer (1976). In Weinberg e Gold, 1999:339.

Atleta com escala – Effective attenders – estilo afetivo de atenção pode prestar atenção em vários estímulos externos sem ficar ou se sentir estressado e tem a capacidade de focalizar a atenção quando necessário.
Atleta com escala – Ineffective attenders – estilo inadequado de atenção reagem facilmente de forma confusa e estressada na presença de estímulos múltiplos.
Estímulos relevantes O estresse psicológico influencia o processo da atenção (Nideffer, 1976):

- A – Foco demasiado amplo = Baixo nível de ativação
- B – Foco ótimo = Nível médio de ativação
- C – Foco demasiado estreito = Alto nível de ativação
(E-nr = Estímulos não relevantes)
Existem uma variedade de fatores internos e externos que influenciam constantemente o estado atual de atenção e concentração (Cratty, 1989;93):

Pesquisas indicam que indivíduos que apresentam comportamentos introvertidos ou extrovertidos demonstram diferentes tendências atencionais com o passar do tempo.
Os indivíduos extrovertidos são mais fortemente ativados e reativos aos seus próprios ambientes do que aqueles indivíduos que apresentam um comportamento introvertido, e são mais condicionados em experimentos psicológicos.
Os introvertidos conseguem maior eficiência durante atividades de longa duração, enquanto os extrovertidos acompanham melhor sessões de curta duração (Gillespie e Eysenck, 1980).
As tarefas que exigem uma atenção de curto prazo e aprendizagem o desempenho dos introvertidos pode ser inferior aos extrovertidos.
Segundo Rodionov (1990), a atenção guarda uma estreita relação com o temperamento que possui o atleta. Para Rodionov (1990) o atleta apresenta de forma natural boa distribuição ou estabilidade, concentração ou velocidade de troca de função das qualidades da atividade nervosa superior que se encontram na base de suas manifestações temperamentais.
Rodionov (1990) observou as características da atenção que os atletas devem possuir, levando em conta o temperamento individual:

A aprendizagem dos introvertidos é interrompida de forma mais fácil por distrações do que a dos extrovertidos; além disso, eles levam mais tempo para responder, são mais cuidadosos e ficam mais frequentemente paralisados quando precisam tomar decisões em tarefas de atenção.
Diferenças neurológicas na formação reticular são apresentadas na comparação entre os indivíduos introvertidos e extrovertidos.
Existe uma diferença entre os atletas mais experientes e os atletas iniciantes na maneira como movimentam os olhos, quando observa, um objeto em movimento ou estático, ou quando direcionam o olhar de um objeto para outro.
A velocidade pode responder a um estímulo novo, como também a eficiência para deslocar os olhos de um objeto para outro ou de uma pessoa para outra, sofre influência das diferenças individuais.
Alguns desses processos podem ser modificados ou sujeitos a aprendizagem subconsciente com o tempo, e outros não podem ser facilmente alterados.
Uma das variáveis mais importante para ser considerada quando estudamos as relações entre desempenho e atenção do atleta, seja o nível no qual a tarefa ou subtarefa foi assimilada e aprendida.
Quando uma determinada tarefa está automatizada a ponto de que sua execução exija pouca ou nenhuma atenção, e o desempenho se torne contínuo e inconsciente, dizemos que ocorreu aprendizagem.
No contexto esportivo, frequentemente deve estar atento e participar de mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Essas tarefas podem aparecer primariamente como exigências motoras, outras tarefas podem ser caracterizadas predominantemente por componentes de percepção, pois o atleta deve estar atento de forma consciente em duas ou mais tarefas simultâneas.
Em determinadas situações, as demandas de atenção e as necessidades energéticas para a estimulação da ativação são altas, ocorrendo provavelmente uma interrupção se uma distração ou tarefa adicional for somada a carga que o atleta já possui.
No entanto, um atleta experiente que domina e automatiza uma grande variedade de tarefas dispõe de uma energia atencional que pode ser aplicada a novas situações de jogo ou ser empregada para bloquear distrações e pensamentos negativos.
ATIVAÇÃO
A ativação é um estado geral do organismo, no qual uma pessoa pode agir ativamente em situações de exigências específicas.
A atenção representa a interação de uma situação entre variáveis situacionais e o construto geral.
A ativação representa o constructo básico e a concentração é p resultado da interação entre variáveis pessoais e situacionais (Haecker, 1983:41)
Nas bases fisiológicas, a ativação (level of arousal) é descrita, também, como um indicador de vigília, como ato contínuo entre o sono profundo e extremas formas de excitação. Não podemos partir de uma relação linear entre vigília crescente e a extensão da atenção. Pois se o nível de atenção cair muito, ocorre fadiga e sonolência e quando se eleva muito o nível da atenção, existe excitação e tensão excessivas.
Portanto existe para a atenção um nível ótimo de ativação. Como indicador, nesse caso, são consideradas variações potenciais no cérebro. As ondas cerebrais lentas, detectadas no EEG permitem conclusões sobre a dimensão psicológica da vigília, da atenção e da concentração.
A ativação é uma condição importante para disposição, compreensão e rendimento dos atletas. Um bom grau de ativação leva ao plano de vivência, tornando mais nítidos e plásticos na consciência os processos de percepção, bem como no plano comportamental, para otimização da coordenação de sequencias motoras.
Nível de ativação
A capacidade de controlar e modificar o nível de ativação influencia tanto no processo de atenção a longo prazo como também a curto prazo.
Pessoas que não possuem a capacidade de alternar níveis de ativação e as formas de atenção encontram dificuldades para se desenvolverem no contexto esportivo, especialmente em determinados esportes que requerem constantes mudanças nos níveis de ativação e atenção.
Relação entre ativação e atenção

Relação entre concentração e nível de ativação (Level of Arousal), segundo a lei de Yerkes-Dodson.
Os níveis de ativação interna e ativação emocional tornam-se decisivos para o rendimento e a flexibilidade da atenção. Semelhante a motivação, a atenção apresenta na relação com o nível de ativação interna uma curva em “U” invertido.
O rendimento da atenção com relação a níveis extremamente baixos de tensão tem resultados baixos. Já com um nível crescente da ativação, eleva-se também o rendimento da atenção, até que seja alcançado um nível ótimo de rendimento. Elevando-se o nível de atenção além desse ponto ótimo, o rendimento da atenção cai drasticamente.
Um atleta em determinada situação, na qual apresenta baixo nível de ativação, tende a perceber estímulos não relevantes da situação (foco demasiado amplo). Entretanto quando o atleta se encontra em um nível médio de ativação (foco ótimo) ele percebe todos os estímulos relevantes da situação. Já quando o atleta se encontra em um alto nível de ativação ou estresse psíquico, ele se fixa somente em alguns estímulos relevantes (foco demasiado estreito).
Um aumento exagerado da ativação conduz, geralmente, a uma limitação da atenção, especialmente para processos internos (sensações corporais, pensamentos perturbadores), tendo como consequências a dificuldade de controlar a situação.
Qualquer variável que potencialize o nível de ativação deve provocar uma alteração na qualidade da atenção, como fadiga, padrões de sono e hora do dia, mostrando que existe uma interrelação entre ativação e atenção.
O nível de ativação está relacionado com os ritmos circadianos e com as funções de temperatura corporal durante o dia (Barton e Cattell, 1974).
Parecem que tarefas mais complexas que solicitam tomadas de decisão, atenção e desempenho são ótimas em torno do meio-dia, em tarefas simples a velocidade de execução e atenção podem chegar a um ligeiro pique antes desse horário.
Em atletas o nível ótimo de desempenho e atenção ocorre por volta do meio-dia e parece atingir o pico quatro horas após um sono prolongado. A modificação de padrão de sono, pode gerar um aumento do nível de atenção quatro horas após despertarem, independentemente da hora que isso aconteça.
CONCEITOS DA CONCENTRAÇÃO
A concentração é a capacidade de manter a atenção sobre estímulos relevantes, e quando o ambiente muda rapidamente a atenção precisa ser alterada também. Ficar preso em pensamentos irrelevantes aumentam a frequência de erro durante a prática esportiva (Weinberg & Gold, 1999:326).
Os mesmos autores apresentam três elementos que ajudam a definir a concentração:
- Focalização de estímulos relevantes
- Manutenção do nível de atenção durante determinado tempo
- Conscientização da situação
Exigências da concentração
Elas resultam da interação entre a estrutura e complexidade da tarefa esportiva a ser realizada e as capacidades psíquicas (emocionais e cognitivas) do atleta. As exigências podem ser diferenciadas conforme os critérios da tarefa, como:

Determinantes das exigências concentrativas no esporte (Forester e Worz, 1997:50)
As exigências de concentração das modalidades requerem um alto nível técnico (esportes individuais) são orientadas para o próprio corpo/movimento e focalizadas na tarefa de curta duração com alto nível de intensidade de concentração.
Nos esportes coletivos, o jogador precisa orientar suas ações externamente, antecipar e selecionar as informações importantes e manter um bom nível de concentração durante o tempo de jogo.
Princípios da concentração
Concentração se refere ao esforço do uso da atenção em acontecimentos sensórias e mentais.
Segundo Moran (2005) os princípios da concentração são:
- Concentração como metáfora do esforço holofote (Effort-spotlight metaphor). Um estado mental focalizado não ocorre por acaso, exige intencionalidade e um esforço deliberado do atleta.
- Focalizar em apenas um pensamento de cada vez. Necessário desenvolver essa habilidade, por mais que atletas habilidosos consigam realizar essa tarefa de dividir a atenção entre duas ou mais ações concorrentes, eles podem conscientemente focar somente em um pensamento de cada vez.
- Concentração em ações específicas, relevantes e sob seu próprio controle. Na área da fenomenologia da performance, pesquisas indicam que a mente do atleta está focada quando não existe diferença entre o que ele está pensando e o que ele está fazendo. Atletas tendem a se concentrar de forma mais eficiente, quando direcionam seu foco mental (atenção seletiva e concentrada) para ações especificas, relevantes e sobretudo as ações que estão sob o seu controle.
- Perda de concentração em estímulos irrelevantes ou que estão fora de controle. Atletas tendem a perder sua concentração quando prestam atenção em acontecimentos e experiências futuras (quadros ansiogênicos), que estão fora do seu controle e são irrelevantes para a tarefa que está executando.
- A ansiedade promove redução na concentração quando acontece auto avaliação negativa e hipervigilância. A ansiedade perturba o sistema de concentração de várias formas (Moran, Byrne e McGlade, 2002). A ansiedade restringe o foco mental (atenção seletiva) e muda seu direcionamento para estímulos de auto-referência. Pessoas ansiosas atendem mais a estímulos irrelevantes do que pessoas não ansiosas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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• Robert S. Weinberg; Daniel Gould. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017.
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