Entenda o que é e conheça os tipos de vínculo
Gilsom de Castro Maia | Psicólogo CRP 06/ 141699| 19/07/2019
John Bowlby (1907 – 1990) foi um psiquiatra e psicanalista que acreditava que a saúde mental e os problemas de comportamento podiam ser atribuídos à primeira infância. A teoria do apego de John Bowlby sugere que as crianças vêm ao mundo biologicamente pré-programadas para formar vínculos com os demais, já que isso as ajudará a sobreviver.
Bowlby foi influenciado pela teoria etológica em geral, mas especialmente pelo estudo da importância de Konrad Lorenz. Nos anos 50, em um estudo feito com patos e gansos, Lorenz demonstrou que o apego era inato e, portanto, tem um valor de sobrevivência.
Bowlby acreditava que os comportamentos de apego são instintivos e são ativados por qualquer condição que pareça ameaçar a realização de aproximação, como a separação, a insegurança e o medo.
Bowlby também defendeu que o medo de estranhos representa um mecanismo de sobrevivência importante, incorporado pela natureza. De acordo com ele, os bebês nascem com a tendência de demonstrar certos comportamentos inatos (chamados liberadores sociais) que ajudam a assegurar a proximidade e o contato com a mãe ou com uma figura de apego.
Durante a evolução da espécie humana, os bebês que ficaram próximos de suas mães sobreviveram para ter seus próprios filhos. Bowlby levantou a hipótese de que tanto os bebês, quanto as mães, desenvolveram uma necessidade biológica de manter um contato entre si.
Estes comportamentos de apego inicialmente funcionam como padrões de ações fixos, e todos compartilham a mesma função. O bebê produz comportamentos inatos de “liberação social”, como chorar e sorrir, que estimulam o cuidado dos adultos. O fator determinante do apego não é a comida, mas sim o cuidado e a capacidade de resposta.
A teoria do Apego, do psiquiatra e psicanalista John Bowlby, surgiu a partir do estudo do vínculo desenvolvido com recém-nascidos órfãs e sem lar que apresentavam muitas dificuldades a com as suas mães e outros cuidadores, após serem adotados. Bowlby desenvolveu a Teoria do Apego, ao procurar entender melhor como os vínculos entre mãe e filho eram desenvolvidos, por que eles importavam e como eles se comportavam. Mary Ainsworth, psicanalista, posteriormente, enriqueceu essa teoria com outros estudos.
Após a Segunda Guerra Mundial, os órfãos e crianças de rua apresentaram muitas dificuldades. Em vista disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que John Bowlby escrevesse um folheto informativo sobre o tema. Bowlby intitulou o panfleto de “privação materna”. A teoria do apego surgiu a partir das questões consideradas para a elaboração deste trabalho.
Donald Winnicott (1896-1971), pediatra e psicanalista infantil, teve influência imensa no trabalho e na carreira de Bowlby. Ambos tiveram várias semelhanças em sua atuação profissional, pois foram os primeiros psicanalistas a explicar a importância das interações sociais em uma idade precoce. Argumentaram que os humanos entram no mundo com uma predisposição para serem sensíveis às interações sociais e precisam delas para um desenvolvimento saudável. Bowlby afirmava que a pesquisa para a Organização Mundial da Saúde não teria sido possível sem a ajuda de Winnicott. Bowlby influenciou políticos, sociólogos e assistentes sociais na tentativa de mudar as políticas públicas para a infância, enquanto Winnicott motivou mais profissionais clínicos. No fim da vida, apaixonado por biologia e etologia, Bowlby redigiu a biografia de Charles Darwin (1809-1882). Estudou minuciosamente a primeira infância do sábio, suas doenças psicossomáticas, suas dúvidas e depressões, pintando um vigoroso quadro da época vitoriana e das reações que a revolução darwiniana suscitou na Inglaterra.
A teoria do apego de John Bowlby é um estudo interdisciplinar que abrange os campos das teorias psicológicas, evolutivas e etológicas. Estes são seus pontos principais:
1. – Uma criança tem uma necessidade inata de se unir a uma figura principal de apego (monotropia).
Embora não tenha descartado a possibilidade de outras figuras de apego para uma criança, Bowlby acreditava que deveria haver um vínculo primário muito mais importante do que qualquer outro (geralmente a mãe).
Bowlby acredita que este vínculo é qualitativamente diferente dos posteriores. Neste sentido, ele argumenta que a relação com a mãe é, de alguma forma, completamente diferente das outras relações.
Essencialmente, Bowlby sugeriu que a natureza da monotropia (apego conceitualizado como um vínculo vital e próximo com uma só figura de apego) significava que, caso o vínculo materno não fosse iniciado ou fosse rompido, iriam surgir consequências negativas, incluindo possivelmente uma psicopatia sem afeto. A teoria da monotropia de Bowlby conduziu à formulação de sua hipótese de privação materna.
A criança se comporta de maneira que provoca contato ou proximidade com o cuidador. Quando uma criança experimenta uma maior excitação, ela sinaliza ao seu cuidador. O choro, o sorriso e a locomoção são exemplos destes comportamentos de sinalização.
Instintivamente, os cuidadores respondem ao comportamento das crianças pelas quais são responsáveis, criando um padrão recíproco de interação.
2. Uma criança deve receber o cuidado contínuo desta única figura de apego mais importante durante os primeiros anos de vida.
Bowlby afirmou que a maternidade é quase inútil se for atrasada até depois dos dois anos e meio (2,6) ou três anos de idade (3,0). E mais, para a maioria das crianças, há um período crítico caso a maternidade seja atrasada até depois de 12 meses.
Se o apego é rompido ou interrompido durante o período crítico da idade, a criança sofrerá consequências dessa privação materna irreversíveis a longo prazo. Este risco continua até a idade dos cinco anos.
A suposição subjacente da hipótese de privação materna de Bowlby é que a interrupção contínua do vínculo primário poderia levar a dificuldades cognitivas, sociais e emocionais a longo prazo para o bebê. As implicações desta são enormes. Por exemplo, se isso for verdade, o cuidador principal deveria deixar seu filho numa creche?
As consequências da privação materna a longo prazo podem incluir delinquência, inteligência reduzida, aumento da agressão, depressão e psicopatia sem afeto.
A psicopatia sem afeto é a incapacidade de demonstrar afeto ou preocupação pelos demais. Estes indivíduos agem por impulso com pouca consideração pelas consequências de seus atos. Por exemplo, sem demonstrar culpa pelo comportamento antissocial.
3. – A separação a curto prazo de uma figura de apego leva à angústia.
A angústia passa por três etapas progressivas: protesto, desespero e desapego.
· Protesto: A criança chora, grita e protesta com raiva quando a figura de apego a deixa. A criança vai tentar se prender à pessoa para que ela não vá.
· Desespero: Os protestos da criança começam a diminuir e parecem ficar mais tranquilos, mesmo que ainda sejam irritantes. A criança nega a si mesma todas as tentativas de comodidade dos demais e, frequentemente, parece desinteressada por qualquer coisa.
· Desapego: Se a separação continuar, a criança começará a interagir com outras pessoas novamente. Ela vai rejeitar seu cuidador quando este voltar e mostrará fortes sinais de raiva.
4. A relação de apego da criança com o seu cuidador principal leva ao desenvolvimento de um modelo de trabalho interno.
O modelo de trabalho interno é um marco cognitivo que compreende representações mentais para entender o mundo, o eu e os outros. A interação de uma pessoa com as demais é guiada pelas lembranças e expectativas de seu modelo interno, que influenciam e ajudam a avaliar seu contato com os demais.
Aos três anos de idade, o modelo interno parece se transformar em parte da personalidade da criança e, portanto, afeta sua compreensão do mundo e as interações futuras com os demais. De acordo com Bowlby, o cuidador principal age como um protótipo para as relações futuras através do modelo de trabalho interno.
Há três características principais do modelo de trabalho interno:
· um modelo dos outros como de confiança,
· um modelo do eu como valioso,
· um modelo do eu como efetivo ao interagir com outros.
De acordo com a teoria do apego, os bebês se ligam a adultos que são sensíveis e responsivos nas interações sociais e que permanecem como cuidadores consistentes durante o período de seis meses a dois anos de idade, aproximadamente. As respostas parentais levam ao desenvolvimento de padrões de apego que, por sua vez, conduzem a “modelos internos de trabalho” que guiarão sentimentos, pensamentos e expectativas do indivíduo em relacionamentos posteriores. Mais especificamente, Bowlby explicou em sua série de três volumes sobre apego e perda que todos os humanos desenvolvem um modelo de trabalho interno do eu e um modelo de trabalho interno com outros.
O automodelo e modelo do outro são construídos com experiências iniciais com seu cuidador primário e moldam a expectativa de um indivíduo em futuras interações com outros. O automodelo determinará como o indivíduo se vê, o que afetará sua autoconfiança, autoestima e dependência. O modelo do outro determinará como um indivíduo vê os outros, o que afetará seus vínculos ou abordagens, suas opções pela solidão ou por interações sociais. Na abordagem de Bowlby, considera-se que a criança humana precisa de uma relação segura com cuidadores adultos, sem os quais o desenvolvimento social e emocional normal não ocorrerá.
Segundo a teoria do apego, a criança se vincula instintivamente a quem cuide dela, com a finalidade de sobreviver, dependendo disso seu desenvolvimento físico, social e emocional. O processo de apego não é específico de gênero, pois os bebês formam vínculos com qualquer cuidador consistente que seja sensível e responsivo nas interações sociais. A qualidade do engajamento social parece ser mais influente do que a quantidade de tempo gasto.
Esta representação mental é a que guia o comportamento social e emocional no futuro, à medida em que o modelo de trabalho interno da criança guia sua receptividade aos demais em geral.
Uma das principais críticas que esta teoria do apego recebeu está relacionada com a implicação direta que ela tem. As mães deveriam se dedicar exclusivamente ao cuidado de seus filhos quando estes são pequenos?
Weisner e Gallimore (1977) explicam que as mães são as cuidadoras exclusivas em uma porcentagem muito pequena das sociedades humanas. De fato, frequentemente outras pessoas estão envolvidas no cuidado das crianças.
Neste sentido, Van Ijzendoorn e Tavecchio (1987) dizem que uma rede estável de adultos pode proporcionar uma atenção adequada, e que essa atenção pode, inclusive, ter vantagens sobre um sistema no qual a mãe deve satisfazer todas as necessidades de uma criança.
Por outro lado, Schaffer (1990) explica que existem evidências de que as crianças se desenvolvem melhor com uma mãe que é feliz em seu trabalho do que com uma mãe que se sente frustrada por ficar em casa.
A consideração final é que a teoria do apego de John Bowlby não defende a exclusividade da mãe na criação. Ela fala que é essencial que exista uma figura primária que ofereça o cuidado e as atenções necessárias na primeira etapa da vida, favorecendo a criação de um vínculo que ajudará o bebê a se desenvolver de forma plena.
Teoria do Apego em crianças
Estes laços entre uma criança e um cuidador são baseados nas necessidades de segurança e proteção da criança, fundamentais na infância, mas entre dois adultos podem ser recíprocos. A teoria propõe que crianças se apegam instintivamente a quem cuide delas, com a finalidade de sobreviver, incluindo o desenvolvimento físico, social e emocional.
As crianças são consideradas apegadas quando tendem a buscar proximidade e contato com um cuidador específico em momentos de aflição, doença e cansaço. O apego a um cuidador protetor ajuda os bebês a regular suas emoções negativas em momentos de estresse e aflição e a explorar o ambiente, mesmo quando este contém estímulos amedrontadores. O apego, que é um marco importante de desenvolvimento na vida da criança, continua a ser importante ao longo da vida. Na idade adulta, representações de apego moldam a forma como os adultos se sentem em relação a tensões e estresses nas relações íntimas, entre as quais as relações pais-filhos, e a forma pela qual o self é percebido.
Desenvolvimento de apego
O apego desenvolve-se em quatro fases:
· Na primeira fase, orientação e sinalização indiscriminada para pessoas –, o bebê parece estar “sintonizado” com certos comprimentos de onda dos sinais do ambiente. Em sua maioria, esses sinais são de origem humana (por exemplo, som de vozes).
· Na segunda fase, provavelmente primeiro pelo olfato e depois pela visão, o bebê desenvolve preferência por um ou mais cuidadores – é a fase de orientação e sinalização dirigidas a uma ou a diversas pessoas específicas. É somente quando o bebê se torna capaz de apresentar comportamentos ativos de apego, tais como buscar ativamente a proximidade da figura de apego e segui-la.
· Na terceira fase, a fase do apego propriamente dito – manter-se perto de uma pessoa específica por meio de sinalizações e movimentos. As crianças entram na quarta fase – de parceria corrigida para uma meta – quando são capazes de imaginar os planos e as percepções dos pais ou cuidadores e ajustar a eles seus próprios planos e atividades.
Explicando diferenças individuais no apego
Ainsworth et al. observaram bebês de um ano de idade com suas mães em um procedimento padronizado de separação estressante – o Procedimento da Situação Estranha (PSE). As reações dos bebês no reencontro com o cuidador depois de uma separação breve eram utilizadas para avaliar o grau de confiança que a criança tinha na acessibilidade de sua figura de apego. O procedimento consiste em oito episódios, sendo que os sete últimos idealmente duram três minutos. Os bebês são confrontados com três componentes estressantes: um ambiente não familiar, a interação com um estranho e duas separações curtas do cuidador.
Com base nas reações dos bebês no reencontro com um dos pais ou com outro cuidador, é possível distinguir três padrões de apego:
· Os bebês que buscam ativamente a proximidade com seus cuidadores no reencontro, comunicam abertamente seus sentimentos de estresse e aflição, e depois voltam rapidamente a explorar o ambiente, são classificados como seguros (B).
· Os bebês que não parecem se afligir e ignoram ou evitam o cuidador no momento do reencontro (embora a pesquisa fisiológica revele que estão ativos) são classificados como inseguros-evitativos (A).
· Os bebês que combinam manutenção intensa de contato com resistência ao contato, ou continuam inconsoláveis, sem conseguir voltar a explorar o ambiente, são classificados como inseguros-ambivalentes (C).
Além da classificação clássica nos três tipos ABC, Main e Solomon propuseram uma quarta classificação – o apego desorganizado (D) –, que não é discutido aqui.
Uma questão central na pesquisa e na teorização sobre apego é a identificação dos fatores que levam alguns bebês a desenvolver uma relação de apego inseguro enquanto outros se sentem seguros.
O modelo básico de explicação de diferenças nas relações de apego pressupõe que práticas parentais sensíveis ou insensíveis determinam a (in-)segurança do apego infantil. Ainsworth e colegas definiram originalmente a sensibilidade parental como a capacidade de perceber e interpretar corretamente os sinais de apego da criança, e de responder a esses sinais de forma imediata e adequada. De fato, verificou-se uma associação entre falta de responsividade ou sensibilidade inconsistente e insegurança da criança; e entre responsividade sensível e consistente e vínculos seguros.
No entanto, alguns proponentes da abordagem da genética do comportamento declaram que a maior parte dos dados correlacionais sobre desenvolvimento da criança são seriamente tendenciosos, uma vez que se baseiam em delineamentos tradicionais de pesquisa que focalizam comparações entre famílias, que confundem semelhanças genéticas entre pais e filhos com influências ambientais supostamente compartilhadas. Harris, por exemplo, alega que há uma necessidade urgente de repensar radicalmente o papel dos pais no desenvolvimento da criança e reduzir a ênfase nesse papel. Apesar da prevalência dessa linha de pensamento, a teoria do apego continua a enfatizar o papel importante da sensibilidade parental.
O apego – o vínculo afetivo entre o bebê e o genitor – desempenha um papel central na regulação do estresse em momentos de aflição, ansiedade ou enfermidade. Os seres humanos nascem com uma tendência inata no sentido de se apegar a um cuidador protetor. Mas os bebês desenvolvem tipos diferentes de relações de apego: alguns bebês desenvolvem uma relação de apego seguro com seu genitor, e outros encontram-se em uma relação de apego inseguro. Essas diferenças individuais não são determinadas geneticamente, e sim enraizadas em interações no ambiente social durante os primeiros anos de vida. Como foi documentado em estudos de gêmeos e em estudos experimentais de intervenção, práticas parentais sensíveis ou insensíveis desempenham um papel central no surgimento de apegos seguros ou inseguros. No caso da teoria do apego, a hipótese do ambiente está de fato justificada. Inúmeros achados confirmam a hipótese central de que práticas parentais sensíveis resultam em segurança do apego infantil, embora outras causas não possam ser excluídas.
Teoria do apego em adolescentes
Baseando-se na descrição de Dalbem & Dell'Aglio (2008), no padrão seguro/autônomo, adolescentes apresentam facilidade de comunicação, de exprimir seus sentimentos com clareza, baixos sinais de ansiedade e depressão, autoconfiança, facilidade de interagir socialmente, percepção positiva dos outros e do mundo. No padrão evitante/desapegado, adolescentes tendem a idealizar suas experiências de infância ao mesmo tempo em que tem dificuldades de lembrar certas experiências daquele período, apresentam severidade na autocrítica, distanciamento emocional, hostilidade nos relacionamentos, desconfiança dos outros, percepção negativa dos outro e positiva de si mesmo, entre outros. No padrão preocupado/ansioso, os adolescentes apresentam relatos vagos e inconsistentes de experiências da infância, baixa autoestima, percepção positiva dos outros, sinais de depressão, relacionamentos afetivos conflituosos, tendência à introversão, entre outros. No padrão desorganizado/desorientado, os adolescentes apresentam sinais de desorganização, relatos de vivências negativas em predominância, apontam seus cuidadores como fonte de ameaça e/ou medo, incongruência afetiva. Tais expressões dos estilos de apego, por sua vez, podem exercer uma influência determinante na maneira de interpretar resultados de uma competição, na percepção subjetiva das próprias capacidades e no comportamento de procura pelo êxito e evitamento do fracasso.
Teoria do Apego em adultos
A teoria do apego foi estendida aos relacionamentos adultos no final da década de 1980. Seguindo os estudos de Bowlby e Ainsworth, os psicanalistas Cindy Hazan e Phillip Shaver aplicaram a teoria do apego a relacionamentos românticos adultos. Hazan e Shaver notaram que as interações entre os parceiros românticos adultos compartilhavam similaridades com as interações entre crianças e cuidadores. A afirmação não é que estes dois tipos de relacionamentos são idênticos, mas, sim, que os princípios fundamentais da teoria do apego aplicam-se a ambos.
Foi possível perceber que existem padrões de vínculo que os adultos criam com outros adultos. Esses padrões costumam ser categorizados em quatro principais estilos de apego:
Apego Seguro;
Apego Evitante;
Apego Ambivalente;
Apego Desorganizado.
Apego Seguro: as pessoas tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmas e sobre seus parceiros. Elas tendem, também, a ter opiniões positivas sobre seus relacionamentos. Muitas vezes elas relatam maior satisfação e harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego. Pessoas seguramente apegadas sentem-se confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência.
Apego Evitante: as pessoas desejam um alto nível de independência. O desejo de independência, frequentemente, aparece como uma tentativa de evitar completamente o apego. Eles veem a si mesmos como auto-suficientes e invulneráveis a sentimentos associados com estarem intimamente ligados a outros. Eles muitas vezes negam necessitar de relações íntimas.
Apego Ambivalente: as pessoas buscam por altos níveis de intimidade, aprovação, e receptividade de seus parceiros. Elas, muitas vezes, valorizam a intimidade a tal ponto que se tornam excessivamente dependentes de seus parceiros. Elas, frequentemente, duvidam de seu valor como parceiras e culpam-se pela falta de receptividade de seus parceiros.
Apego Desorganizado: as pessoas apresentam sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Por um lado, elas desejam ter relações emocionalmente íntimas. Por outro lado, elas tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. Estes sentimentos mistos são combinados com, às vezes inconscientemente, opiniões negativas sobre si mesmas e seus parceiros. Elas geralmente veem a si mesmas como indignas da receptividade de seus parceiros, e não confiam nas intenções deles.
De um modo geral, as teorias motivacionais mais conhecidas no campo do desporto estão umas mais outras menos focadas em aspectos comportamentais resultantes de fatores internos ao indivíduo como, por exemplo, a maneira pela qual se interpreta um resultado, a percepção subjetiva das próprias capacidades, o nível de controle pessoal e o comportamento de procura por êxito ou evitamento do fracasso. Todos esses aspectos, no entanto, são uma consequência de fatores antecedentes relacionados a um modus operandi do indivíduo, o qual, para alguns autores, está condicionado por um modelo de funcionamento interno específico.
Apesar de existirem controvérsias sobre o aspecto da generalização dos padrões de interação primários para relações futuras, durante o ciclo vital, estudos longitudinais diversos (Fonagy, 1999) têm demonstrado a estabilidade do apego, tanto na adolescência como na vida adulta.
Muitos dos aspectos abordados anteriormente têm implicações diretas para o domínio da motivação, como é o caso do estudo de Dalbem & Dell’Aglio (2008), o qual aponta os estilos de apego como elementos influenciadores de vários aspectos psicológicos como a autoconfiança, a autoestima, níveis de ansiedade, entre outros. Estes por sua vez são variáveis que tem um impacto direto em aspectos comportamentais como a motivação.
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