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  • Foto do escritorGilsom Castro Maia

Vocês sabe o que é um trabalho voluntário e como ele funciona?

E a diferença entre assistência social, assistencialismo, filantropia e caridade?


O que é ser voluntário? De acordo com a ONU voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração (sem vínculo trabalhista), a diversas formas de atividades de bem estar social ou outros campos

O que é trabalho voluntário e como funciona? Trabalho voluntário é definido pela lei Lei 9.608/1998, como: “atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.”

Para ser enquadrado no conceito da lei do voluntariado, o trabalho deve ter as seguintes características: 1. o trabalho não pode ser imposto ou exigido ao voluntário como contrapartida de algum benefício concedido pela entidade ao indivíduo ou à sua família; 2. ser gratuito; 3. ser prestado pelo voluntário, isoladamente, e não como “subcontratado” de uma organização da qual o voluntário faça parte e, portanto, seja obrigado a prestá-lo; 4. ser prestado para entidade governamental ou privada, sendo que estas devem ter fim não lucrativo e voltado para objetivos públicos. Despesas com os voluntários A lei autorizou, também, o ressarcimento de despesas incorridas pelo voluntário como: gastos de transporte, alimentação, materiais usados no trabalho, desde que estas despesas sejam expressamente autorizadas pela entidade tomadora e sejam realizadas no desempenho das atividades voluntárias, mediante notas fiscais e recibos. Assim, não é qualquer trabalho sem remuneração que configura trabalho voluntário, para isso é necessário que a atividade seja feita em prol de entidades determinadas pela lei (públicas, ou privadas sem fins lucrativos).


Quanto ganha um voluntário? No cargo de Trabalho Voluntário se inicia ganhando R$ 984,00 de ajuda de custos e pode vir a ganhar até R$ 2.149,00. A média de ajuda de custos para Trabalho Voluntário no Brasil é de R$ 1.436,00.

No cargo de Educador Social Voluntário se inicia ganhando R$ 567,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 1.905,00. A média salarial para Educador Social Voluntário no Brasil é de R$ 1.162,00.

No cargo de Psicólogo Voluntário se inicia ganhando R$ 953,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 2.956,00. A média salarial para Psicólogo Voluntário no Brasil é de R$ 1.704,00.


Diferenças entre assistência social, assistencialismo, filantropia e caridade?

Assistência social A Assistência Social é uma política pública, assim como a Saúde e a Educação. Trata-se de um dever do Estado e um direito de todo o cidadão que dela precisar. Está prevista na Constituição Federal de 1988 e é regulamentada pela LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). É uma das áreas em que os/as assistentes sociais podem atuar.

A Assistência Social, como política pública, possui natureza preventiva e protetiva. Com padronização e organização em seus atendimentos e acompanhamentos. Além de técnicas apropriadas para compreender as necessidades de seus usuários. O seu objetivo é fortalecer os vínculos familiares e comunitários, fazer com que os indivíduos enfrentem situações de risco e vulnerabilidade social e adquiram autonomia e protagonismo em suas vidas. Infelizmente, algumas pessoas ainda acham que sua função é prestar assistencialismo.


Assistencialismo O assistencialismo se refere à doação e à troca de favores. O que vai totalmente contra ao objetivo da política de Assistência Social, que é a garantia de direito à proteção social a seus usuários.Em linhas gerais, o assistencialismo trata-se de caridade e a assistência social de direito. Essa prática está enraizada na sociedade e, em alguns casos, na Assistência Social. O assistencialismo deve ser visto como um problema, pois faz um trabalho paliativo, ou seja, o problema é resolvido de forma temporária. Contribui, inclusive, para perpetuar a troca de favores e manter quem está no poder. A Assistência Social, pelo contrário, baseia seu trabalho em técnicas e em cientificidade. Há atendimento e acompanhamento especializados para que os usuários enfrentem situações de risco e vulnerabilidade social e adquiram protagonismo em suas vidas. Para que, com isso, não precisem mais de caridade. O assistente social, diante dessa situação, precisa atuar no processo de conscientização dos usuários, do governo e da sociedade como um todo. Ao trabalharem conforme as leis e normas da política, já colaborarão para desconstruir a visão estereotipada de assistencialismo que a Assistência Social carrega até hoje. O assistencialismo é, portanto, uma prática de dominação e, quando se torna vitorioso, produz a manipulação. Pelo valor da, entre aspas, gratidão, os assistidos se vinculam ao titular das ações de caráter assistencialista. Trata-se de uma prática que estimula a subserviência e a troca de favores. De que forma a equipe pode superar o assistencialismo? Ideias como rodas de conversas temáticas (isso em qualquer formato que o equipamento tenha condições de realizar) são boas alternativas, por exemplo, onde há o espaço para o sujeito expor e discutir o que pensa, suas principais dificuldades, favorecendo, assim, seu posicionamento enquanto cidadão. As trocas entre os membros de um grupo, por si só, já causam um impacto muito grande no dia a dia do assistido, dando a oportunidade deste levar a discussão, para diversos níveis de convivência aos quais possui. Assim, a política de assistência social bem executada e planejada possibilita a emancipação do sujeito, o torna capaz de se posicionar socialmente em diferentes esferas.

Filantropia

palavra de origem grega que significa “amizade pelo homem”, tem mais a ver com humanitarismo, ,ou seja, amor à humanidade. O termo surgiu no século XVIII e era comparado a um tipo de caridade que se julgava mais esclarecedora, mais científica, em seu modo de agir, e não inspirada em motivos teológicos, mas exclusivamente humanos e sociais.

Hoje, filantropia possui um significado quase que neutro para significar o “culto de atitudes humanas para com os necessitados” e, num sentido mais amplo, um vago interesse pelos problemas humanos. É uma palavra que está associada às pessoas, independentemente da religião ou condição social. Por exemplo, os clubes de serviço (Rotary, Lions e Leões do Brasil) desenvolvem ações filantrópicas, isto é, atividades sociais, sem envolver a dimensão espiritual. Em alguns dicionários, filantropia é sinônimo de caridade, mas sem englobar a presença de Deus nesses atos.


Qual a diferença entre responsabilidade social e filantropia?

A Responsabilidade Social visa a sustentabilidade e a sobrevivência da empresa no mercado, enquanto a Filantropia visa resolver problemas pontuais e emergenciais, não visando à sobrevivência do negócio nem a perpetuação da marca.

Se por um lado a Filantropia traz ajuda imediata a determinado grupo de pessoas, por outro, a Responsabilidade Social traz efeitos de longo prazo para uma comunidade inteira. Além do mais, a Responsabilidade Social visa a longo prazo para uma comunidade inteira.


Caridade

É a palavra cristã que significa o “amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem”. Caridade identifica-se com o amor de Deus. Caridade é Deus! Fazer caridade ou praticar caridade é ter as mesmas atitudes, as mesmas ações que Deus teria em determinadas situações de miséria e de pobreza. É sentir como Deus “faria” e fazer a mesma coisa. É doar-se, sem preocupação em receber nada em troca. É a prática viva do Evangelho. Também significa benevolência, complacência, compaixão e beneficência. É uma das virtudes teologais, ou seja, é uma das virtudes que Deus oferece a nós. Em muitos casos, caridade e amor se confundem e alguns dicionários utilizam a expressão “amor-caridade” para tentar aproximar ao real significado da palavra.

Disposição para ajudar o próximo; tendência natural para auxiliar alguém que está numa situação desfavorável; benevolência, piedade. ... Aquilo que se oferece a; esmola, favor, benefício: fazer a caridade.

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